muito além da maçã…

Desde ontem só se fala num assunto: a morte do gênio Steve Jobs. Todo mundo sabe que ele revolucionou o mundo da comunicação e definiu boa parte das tecnologias do século XXI, mas o talento e a inteligência desse visionário vão muito além de computadores e iPods.

Uma das co-criaçōes de Jobs que eu mais admiro, e que faz parte da minha vida há muitos anos, é o estúdio Pixar. Inicialmente, Pixar era apenas uma empresa que fabricava hardwares de computador para a divisão de efeitos especiais da Lucasfilm, empresa de George Lucas. Após a entrada de Steve, contudo, o estúdio passou a se especializar em animações computadorizadas, firmando, em 1995, uma parceria longa e frutífera com a Disney. Inclusive, quando a Pixar foi comprada pela Walt Disney Company, em 2006, Jobs se tornou o maior acionista da Disney.

Posso dizer com propriedade que amo TODOS os longas da Pixar, e que já assisti todos dezenas de vezes, que sei as falas de cor e que estão entre meus filmes preferidos de todos os tempos. O primeiro, Toy Story (1995), foi uma experiência muito especial para mim no cinema. Até então, não existiam filmes animados por computador, e a sensação de ver todos aqueles brinquedos andando e falando na telona foi incrível!

A seguir veio Vida de Inseto (1998), que por anos foi meu filme preferido da Disney, com suas formiguinhas muito apaixonantes hehehe Depois desse (não estou levando em conta continuações, apenas as histórias originais!) veio Monstros S/A (2001), outro clássico inesquecível e engraçadíssimo, passado numa cidade habitada por monstros (em sua maioria) fofos e simpáticos. Tenho até o toy art do Mike, coisa mais linda!

Em 2003, a Pixar lançou Procurando Nemo, sua grande obra prima até então. Nemo tinha um pouco de tudo: animações executadas magistralmente, personagens engraçados demais e uma dose de drama. Já falei aqui antes e não me canso de repetir: é um dos filmes que mais vi na vida, sei todos os diálogos de cabeça e verei muitas vezes mais se puder.

Depois de um filme impecável, Os Incríveis (2004) não decepciona, mas também não encanta. A trama é ótima, tem cenas pra rir até a barriga doer e os personagens são interessantes, mas não chega ao nível de seus precursores Nemo e Monstros (pelo menos na minha opinião, né?!). Carros, de 2006, é tão divertido quanto seu predecessor, e admiro demais a capacidade que os roteiristas e animadores tem de “humanizar” à perfeição personagens inanimados

Acredito que a equipe Disney/Pixar tenha se aperfeiçoado com o tempo, e a prova disso são os 3 últimos filmes “originais” (isto é: não-seqüências) produzidos pelo time: Ratatouille (2007), Wall-E (2008) e Up (2009). Os três contam histórias sensíveis, engraçadas e ao mesmo tempo repletas de romantismo e pitadas de realidade, e são feitos tanto para crianças quanto para adultos, fazendo referências que os pequenos não entendem mas os “grandes” amam. Up é, pra mim, um dos melhores filmes da década, não só enquanto animação como também enquanto trama, fotografia, execução e trilha sonora. Tanto é que foi indicado ao Oscar de melhor filme, assim como de melhor filme animado, e torci muito pra que ganhasse (apesar de já saber que não seria o caso hehe).

Além dos longas primorosos, a Pixar também produz curtas excelentes. Luxo Junior (1986) é tão importante para o estúdio que a luminária protagonista virou o mascote de suas vinhetas. Todos são muito divertidos, mas meu preferido é Geri’s Game (1997), no qual um velhote joga xadrez contra ele mesmo e ganha sua própria dentadura como prêmio. Impagável! Jack-Jack Attack (2005) é meu segundo favorito, amo tanto o Zezé que até tenho um boneco de pelúcia dele que fala frases em língua de neném hahaha

Enfim, fica aqui minha homenagem ao grande homem que foi Steve Jobs, que se tornou imortal através de suas invençōes geniais. Ele fez, faz e certamente fará parte de nossas vidas por muitos anos no futuro. Obrigada por tudo, Steve, e só pra constar: fiz este post sentada na praça de alimentação de um shopping, teclando de uma de suas criações.